Luiz
Soares nasceu na cidade de São Paulo, no dia 30 de novembro de 1930, filho de Thomé Soares e Maria Belmina,
nasceu num lar cristão. Converteu-se ao Senhor Jesus aos 17 anos de idade, e
foi recebido à comunhão pela igreja no Bosque da Saúde.
Foi professor da Escola Dominical
por um bom tempo, mais tarde, foi reconhecido pela igreja local ao presbitério.
Casou-se com Hacy Senghi Soares em 10/03/1962, e desta
união, nasceram quatro filhos.
Conciliava o serviço da igreja
local com seu trabalho secular, e foi numa viagem, a trabalho, sofreu um grave
acidente de carro na cidade de Pouso Alegre, que o deixou internado no hospital
daquela cidade, sendo posteriormente transferido para São Paulo. Seu
companheiro de viagem não resistiu e veio a falecer. Quando estava ferido,
ainda no acostamento esperando o socorro, vendo o carro em chamas, orou: “Tudo
o que eu fiz nesta semana de serviço virou cinzas num minuto. Se o Senhor
quiser usar a minha vida até o resto dos meus dias, ainda que seja para a
salvação de apenas uma alma de um fogo muito pior que esse aí, estou pronto
para Te obedecer”.
Por volta de 1970, foi encaminhado à obra missionária pela
Igreja do Bosque da Saúde, mudou-se para Campinas-SP, ajudando o trabalho na
igreja do Jardim Santana e no ano seguinte, foi ajudar o trabalho em Tupi
Paulista onde permaneceu por nove anos. Lá, manteve um programa de rádio.
Por volta de 1979, a convite do irmão Richard D.Jones, mudou-se para Piracicaba-SP, onde permaneceu até o final de sua vida
aqui.
Foi redator da revista Vigiai e Orai, e teve grande
participação na organização do hinário Hinos e Cânticos, a partir da 16º edição,
contribuindo na tradução, composição
musical e na autoria de muitas letras e músicas. Foi ainda autor do livreto “Estudos
na segunda carta a Timóteo”, lançado pelas Edições Cristãs.
Vigiai e Orai - uma edição de 1987
Dedicou-se ainda em fazer gravações de alguns hinos
do hinário “Hinos e Cânticos” com o
objetivo de ensinar a melodia correta dos mesmos, sendo que muitas cópias estão
espalhadas entre os irmãos.
Foi
ensinador das Escrituras com muito zelo, mantendo-se fiel ao Salvador até o
final de sua vida. O Senhor o chamou em 3 de março de 2003.Alguns dados foram extraídos de www.hinosecanticos.com.br
Clique aqui para você ouvir alguns hinos gravados pelo irmão Luiz Soares - (MP3)
Clique aqui para você ouvir algumas mensagens pelo irmão Luiz Soares.
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Uma pequena recordação
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UMA PALAVRA SOBRE ADORAÇÃO
Publicado na 6ª Edição do Hinos e Cânticos (com música)
Luiz Soares - 1999
Adoração é a mais elevada ocupação da Igreja de Deus e do crente de
forma individual. O Senhor não procura Evangelistas, Pastores ou
Mestres, pois estes Ele os dá à Igreja, mas procura “Adoradores” (Jo
4:23). Somente quando a Igreja considera a adoração a sua tarefa
prioritária é que ela está melhor equipada para a execução de sua tarefa
de evangelizar o mundo. Somente depois de cumprir o seu ministério como
“sacerdócio santo” (I Pe 2:5), é que a Igreja está em condições para o
cumprimento do seu “sacerdócio real” de anunciar o seu Senhor (I Pe
2:9).
Uma Palavra Sobre Adoração
Que é adoração? É um ato de tão elevada expressão que, por maior
esforço que façamos, encontraremos dificuldade em defini-lo. É um ato de
contemplação de Deus. A alma piedosa, aproximando-se do Criador e
contemplando, pela fé, a beleza, a glória, a majestade e a perfeição
infinitas do Supremo Criador, derrama-se perante Ele em ardente amor,
prestando-lhe toda a homenagem e toda a honra a Ele devidas por ser Ele
Quem em verdade é (Deus). Adoração é o reconhecimento e exaltação à
natureza e atributos devidos somente a Deus.
Notemos, primeiramente, as condições para a adoração. Podemos apresentar pelo menos três condições para uma adoração aceitável:
- A Regeneração – O homem natural não tem capacidade própria para adorar a Deus; nem mesmo tem direito aos privilégios do Reino de Deus. O Senhor não aceita a adoração de quem não se submete aos termos da sua aliança (SI 50:16-17). O pecador não regenerado não pode ver o Reino de Deus (Jo 3:3). O homem natural não pode compreender as coisas espirituais (I Co 2:12-16);
- A Adoração em Espírito (Jo 4:24) – Isto significa adoração de conformidade com a natureza de Deus. Deus é espírito e, em razão disto, somente pode ser adorado “em espírito”;
- A Adoração em Verdade (Jo 4:24) – Isto diz respeito aos motivos e à vida do adorador. Se quanto à natureza do culto temos de adorar em espírito, quanto aos motivos temos de adorar em verdade; temos de trazer à presença de Deus um espírito cheio de sinceridade, honestidade e verdade.
Portanto, um culto formal, orientado por uma “ordem” humanamente
estabelecida, pode ser muito atraente e bonito, mas não é culto
verdadeiro. A adoração a Deus não consiste em rituais complicados e
cerimônias pomposas. Esses artifícios humanos podem, quando muito,
provocar emoção e, não raro, salvam as aparências, satisfazem o orgulho e
vaidade humanos, mas não alegram o coração de Deus.
Deus quer ser adorado em espírito, e para que isto se tornasse
possível foi que Ele nos conferiu uma natureza espiritual mediante o
novo nascimento. Compete-nos, pois, desenvolver essa natureza, para que
melhor possamos cultuá-Lo. A vida de um adorador deve ser coerente com a
sua profissão de fé; e o culto que ele presta deve expressar o seu
verdadeiro amor para com Deus. Todo adorador que não esteja empenhado em
consagrar todo o seu ser a Deus em amor não está prestando uma adoração
verdadeira.
Deus é santo, justo, verdadeiro, e todo aquele que não se empenha em
amoldar-se aos padrões de justiça, santidade e verdade inerentes ao
caráter de Deus, não pode adorá-Lo em verdade, pois não está sendo
honesto para com Ele. Portanto, a adoração em espírito conforma-se à
natureza de Deus e a adoração em verdade conforma-se ao caráter de Deus.
Podemos adorá-Lo em espírito porque Ele nos deu a natureza espiritual;
podemos adorá-Lo em verdade porque Ele nos deu o Seu Espírito, no poder
do Qual podemos desenvolver as qualidades de caráter por Ele requeridas.
A responsabilidade individual de adorar a Deus. Cada cristão deve ter a
consciência de ser um adorador a quem “Deus procura” (Jo 4:23).
Infelizmente, um grande número de crentes tem a idéia errônea de que é
só na reunião pública que se pode cultuar a Deus. Sem dúvida o serviço
de adoração coletiva é um grande privilégio que nenhum cristão
verdadeiro deveria perder. É uma grande bênção compartilhar do
ajuntamento dos cristãos como um sacerdócio santo para oferecer
sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo
(I Pe 2:5).
É claro que cada crente, como sacerdote que é, deve reunir-se com os
irmãos para adorar, mas isto não o exime da sua responsabilidade
individual de adorar. Quem não se exercita individualmente no sublime
privilégio da adoração, não exercerá essa tarefa a contento no culto
coletivo. A adoração que o crente presta pessoalmente, a sós com Deus, é
um excelente exercício espiritual. Quanto mais exercitados forem os
membros de uma Igreja na adoração a sós com Deus, tanto melhor será a
adoração coletiva dessa Igreja, mais espiritual, mais inteligente e
objetiva. O adorador cristão, e somente ele, pode oferecer um culto
espiritual e inteligente, em contraste com o culto formal, cheio de
ritualismo complicado e cerimonialismo pomposo, onde os participantes
“adoram o que não sabem”(Jo 4:22).
Os benefícios da adoração. Embora o objetivo do adorador seja dar, e
não, receber, o fato é que ele é grandemente beneficiado. Basta
examinarmos atentamente Is 6:1-8 e ficaremos inteiramente convencidos
disto. Vejamos quais são os benefícios:
Visão do Senhor – “Eu vi o Senhor” disse Isaías. De fato, adoramos a
Deus quando O vemos com os olhos da fé. Vemo-Lo através do Senhor Jesus
Cristo, a Sua mais perfeita, expressiva e sublime revelação. É a
contemplação da Majestade, da glória, do poder da beleza e santidade do
Senhor, que nos prende em profunda e reverente adoração: “Senhor nosso,
quão magnífico em toda a terra é o Teu Nome!” (SI 8:1); “Vinde, cantemos
ao Senhor… porque o Senhor é o Deus supremo e o grande Rei acima de
todos os deuses”. DEle é o mar, pois Ele o fez; obra de Suas mãos os
continentes. Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhe-mo-nos diante do
Senhor que nos criou” (SI 95:1-6).
Ao meditarmos na infinita sabedoria dos Seus conselhos e na magnitude
do Seu amor, só podemos dizer: Ao “Deus único e sábio seja dada glória,
por meio de Jesus Cristo, pelos séculos dos séculos”. (Rm 11:33-36 / Rm
16:25-27 e Jd 24-25). A visão diária e constante do Senhor vai nos
transformando gradativamente à Sua própria imagem, tornando-nos cada vez
mais chegados a Ele e cada vez mais cônscios da Sua vontade (Rm 12:2 e
II Co 3:18).
Consciência da Própria Indignidade – “Ai de mim! Estou perdido! “Sou
homem de lábios impuros”, disse Isaias. É precisamente isso que cada
crente sincero tem de reconhecer na presença do Senhor. Perante Ele não
temos de que nos orgulhar, pois somos, de fato, pecadores indignos.
Porém, há recurso para permanecermos na presença do Senhor e o adorarmos
aceitavelmente. Somos idôneos para adorar porque o Cordeiro de Deus fez
expiação pelos nossos pecados, dos quais nos purifica pelo seu sangue.
Não somos dignos, mas Ele o é! Não temos méritos, mas Ele os tem! A
brasa viva que purificou os lábios do profeta é uma figura do sacrifício
purificador do Senhor Jesus Cristo, o Qual, voluntariamente submeteu-se
ao fogo consumidor do juizo Divino contra os nossos pecados.
O fato é que o adorador, mirando-se à luz da infinita santidade de
Deus, compreende toda a sua miséria; compreende que não é superior aos
seus irmãos. Notemos que Isaías, antes de mencionar a indignidade do seu
povo, lamentou a sua própria indignidade. Esse é o resultado lógico e
inevitável na vida de quem regularmente se põe a sós com Deus para
adorá-Lo. O crente altivo, orgulhoso e cheio de si, não é, por certo, um
cristão exercitado na adoração a Deus, pois a convivência íntima com o
Senhor leva-nos a reconhecer quão fracos somos e faz-nos mais simpáticos
para com os nossos irmãos.
Habilitação para o Serviço – Depois de contemplar o Senhor,
reconhecer a sua indignidade e submeter-se à purificação do Senhor, o
profeta ouviu o chamado: “ A quem enviarei?” e prontificou-se a atender.
É na presença do Senhor que o Seu servo recebe habilitação para o
serviço. Portanto, quanto melhor adorador um cristão for, melhor obreiro
será. É notável como os serafins usavam as seis asas que possuíam: com
duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam. Isto
nos ensina que a adoração precede ao serviço. Dois terços da capacidade
dos serafins eram utilizados para adoração e um terço apenas para
serviço.
Quão bom seria se nós, hoje em dia, empregássemos a mesma proporção! O
verdadeiro adorador torna-se conseqüentemente um obreiro zeloso e
ativo, cheio de visão da glória do Senhor, da sua própria necessidade
espiritual, dos infalíveis recursos do Senhor e da grande necessidade da
obra.
Adoração Através do Cântico
É grande o privilégio que o cristão tem, de expressar a sua gratidão,
louvor e adoração ao Senhor através do cântico.Desde os primórdios da
história da igreja Deus tem sido louvado, engrandecido e exaltado pelas
vozes piedosas do seu povo redimido, através de cânticos sagrados,
mediante os quais o Supremo Criador é adorado pela Sua grandeza, Sua
glória e Seus eternos atributos.
O Senhor Jesus Cristo, incomparável Redentor dos cristãos, é o
maravilhoso tema dos seus cânticos. Ele é adorado pelas Suas glórias,
belezas e perfeições. Ao contemplar os Seus inexcedíveis atributos quem
pode deixar de prostrar-se aos Seus pés em humilde e reverente adoração?
Ele é o Verbo eterno essencialmente Divino. Ele é o poderoso Criador e
Sustentador de todas as coisas (Jo 1:1-3; Cl 1:15 e Hb 1:2-3). É a Causa
e Finalidade de todas as coisas (Cl 1:16-17). E gozo indizível inunda
os nossos corações, quando, ao meditarmos neste precioso fato, somos
movidos a uma reverente adoração Àquele que “Deus bendito para todo o
sempre” e “O verdadeiro Deus e a vida eterna”!
Adoramo-Lo pela glória de Sua encarnação. “O verbo Se fez carne”!
Aquele que “Subsistia em forma de Deus” desceu até nós assumindo a forma
de servo, tornando-Se em semelhança dos homens e reconhecido em figura
humana” (Fp 1:5,7). Entrou numa nova forma de existência, encolheu-Se,
limitou-Se e, em gloriosa união hipostática, reuniu em Sua Pessoa as
naturezas divina e humana. Ele é DEUS-HOMEM! Podemos concordar com
Agostinho quando este afirma que Cristo “sendo Deus não era menos Homem,
e sendo Homem não era menos Deus”. Misteriosa profundeza de glória! Não
podemos compreender o estupendo milagre da encarnação, mas podemos
crê-lo e assim derramar o nosso coração em adoração ao nosso maravilhoso
Senhor.
Adoramo-Lo pela perfeição absoluta da Sua vida humana, pois “Nele não
há pecado” (I Jo 3:5). Paulo e Pedro unânimes, confirmam: “Ele não
conheceu pecado” (II Cor 5:21) e “Ele não cometeu pecado” (I Pe 2:22).
No aspecto positivo nosso amado Senhor colocou-Se sempre na inteira
dependência do Pai e obediência à sua vontade. Freqüentemente
retirava-Se para dedicar-Se à oração (Lc 1:35). Sua motivação constante
está consubstanciada naquela notável declaração: “A minha comida
consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar sua obra”
(Jo 4:34).
Nosso Salvador é glorioso, é incomparável! Ele é o Cordeiro de Deus, o
perfeito holocausto, que “A si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus” (Hb
9:14), constituindo-se numa oferta e sacrifício a Deus em aroma
suave”(Ef 5:2). Ele é grande oferta pelo pecado (I Pe 2:24 e 3:18), o
“Grande Sumo Sacerdote que penetrou os céus” (Hb 4:14), onde agora
comparece por nós, depois de ter efetuado uma obra perfeita “pelo
sacrifício de Si mesmo” (Hb 9:24-28).
Que glória mística, delicada, tocante, sublime atrai a Ele as nossas
almas ao contemplarmos alguns aspectos típicos aparentemente paradoxais
em que Ele nos é apresentado! Ele é ao mesmo tempo Deus e Homem, Leão e
Cordeiro, Sacerdote e Sacrifício! Sim, Ele é, de fato, Maravilhoso! Ele
merece toda a nossa adoração!
Muito Bom!
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